Tomada de Decisão ao Longo da Vida

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O Parlamento Europeu e o Conselho da União Europeia (Decisão n.º 940/2011/UE de 14 de Setembro de 2011) designaram o ano de 2012 de “Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e da Solidariedade entre as Gerações”. Nos termos do artigo 25.º da Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia (UE), a UE reconhece e respeita o direito das pessoas idosas a uma existência condigna e independente e à sua participação na vida social e cultural.

Portugal, de acordo com os Censos 2011, apresentou um quadro de envelhecimento demográfico bastante acentuado com uma população idosa (pessoas com 65 e mais anos) de cerca de 19%, uma população jovem (pessoas com 14 e menos anos) de cerca de 15% e uma esperança média de vida à nascença de 79 anos. Nos mesmos Censos, o índice de longevidade para Portugal foi de 79 (80 para as mulheres e 74 para os homens). Em 2050 prevê-se que esta tendência se acentue, apontando a longevidade para os 81 anos (84 as mulheres e 78 os homens). Os ganhos em anos de vida traduzem-se em novas alterações na relação com a vida, expectativas e inclusive, requer-se a preparação não só do futuro dos jovens, mas também a construção significativa do futuro do idoso.

No âmbito da Comunicação das Ciências do Oceano (CCO), a nível local, regional, nacional e internacional, torna-se fundamental que o idoso contribua, ativamente para a tomada de decisões devidamente informadas sob o ponto de vista científico. Neste ponto específico impõem-se novos desafios principalmente à CCO e aos Centros de Ciência, no que respeita à aplicação de novas metodologias que renovem a relação destes Centros com o idoso. O idoso deverá deixar de ser aquele que participa na ciência apenas indirectamente e através de trocas intergeracionais, para ter um lugar próprio e direto no campo de atuação dos Centros de Ciência – um espaço que lhe permita trazer a ciência para diferentes áreas da sua vida e para as suas tomadas de decisão na vida em sociedade. As trocas intergeracionais devem continuar a existir, mas o trabalho com o idoso não se deverá restringir apenas a estas. Por outro lado, o idoso tende a aparecer, cada vez mais, com um nível de literacia elevado, o qual irá procurar e exigir da sociedade novas formas de interacção.

Para que o ano Europeu do Envelhecimento Activo e da Solidariedade entre Gerações, seja um verdadeiro legado, é necessário promover, continuadamente, novas dinâmicas no seio da sociedade. O Oceano não deverá ficar excluído e deverá aparecer como uma temática a abordar. Neste ponto em particular, o Educador Marinho e os próprios Centros de Ciência aparecem como mais um instrumento de trabalho, presente e futuro, do Eixo Transversal do Envelhecimento Ativo – Conhecimento e Sensibilização Social.

Referência Web:
Gomes, C. (2011). Tomada de Decisão ao Longo da Vida. Blog – Turnover Oceânico. carlagomes.pt

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