Hoje fui ao Pico. E ir ao Pico é ser-se ilhéu. Crescer entre duas ilhas, uma materna e outra paterna. E pelo meio, o mar: imenso azul, cheio de amor para amar.
Categoria: Roda livre
Luz
O condensar progressivo, pedaços de onde nascem a cor, as rarefações de um raio de sol… No aço em voo, na linha que divide o mar ou na água que o une… que intrigam e que perseguem a simplicidade. . Junto ao mar. Açores 2015. Paragens.
Contraste
O coração, o contraste. No contraste, o caminho. A calma do céu, A vida do mar. O vento que me faz partir, A terra que me faz ficar. A chuva que me esconde, O sol que me faz brilhar. Hoje eu sei o que me define. E que o coração é o contraste. O contraste, […]
Baloiço
Os verdes baloiçam, Azuis e brancos pincelam os sons, E a tarde abraça o mar… Esse mar que trago, para sempre, em baloiço dentro de mim. . Ilha Montanha. Açores 2015. Paragens
Diferente
É um amor diferente este. Não é um amor que precisa, Não é um amor apegado. Deste-me a vida, o cuidar. Um nome por quem chamar. É um amor diferente este. Porque tu mãe, deste-me tudo. E tudo num só olhar, num modo de estar. E é nesse tudo, que cabe também, livre, a minha […]
Rosa
Colho a rosa, Aquela que plantaste, e a quem tu também deste vida. Em silêncio observo rosa. Em silêncio olho os teus olhos. Vejo na rosa o desfolhar das pétalas.… Vejo nos teus olhos o desfolhar de um corpo. E pergunto, qual é o preciso momento em que o corpo cede? Aquele momento em que […]
Suavemente
Suave é a asa da borboleta branca, Suave é o ar que se encosta ao meu rosto, Suave é a água que se confunde com o meu corpo, Suave é o pequeno movimento do instante, Suavemente é quando me sinto assim, quieta. Uma borboleta branca, a brisa, o mar e tudo o que possa imaginar. […]
Viajante
Gosto de brincar com as cores e os cheiros ao viajar. Com a meninice de criança, gosto de olhar. E assim com os meus dez dedos tocar. Tocar em árvores. Madeira, tintas, orvalhos, paredes, terra e mar. Meus pés deixar e todos os toques levar. Depois da viagem. Açores 2015. Paragens.
Intimidade Azul
É no mar que o meu corpo fica azul. Transparente. Instante que me leva e precipita num doce embalar. Uma procura sem esperar. Uma entrega sem pensar. É no mar que a minha alma fica azul. Transparente. Um tempo ausente, uma união presente… No Mar. Açores 2014. Paragens.
Saudade
Um pássaro que voa, uma brisa que se afasta. Uma imagem que retorna… Um movimento suave do coração. Cores, reflexos, texturas e odores que se confundem. Geometrias e um tempo que não se define. Momentos soltos, momentos para uma vida. E no azul chumbo, o meu corpo mergulha… É na profundidade, onde te encontro, saudade. […]